segunda-feira, 30 de abril de 2018

Quando a morte vem...

A mão de uma sertaneja que lutou por seus filhos.
“Ela partiu”, disse mamãe ao me acordar. Ela se foi e deixou lembranças que jamais passarão. A minha avó, aquela tão querida por todos. Forte e resistente. Mesmo nos piores dias de seca no sertão do Ceará, ela trabalhou para dar de comer aos nove filhos. Ela é minha raiz, meu berço, minha origem terrena.

Agora, ela descansa e espera o dia em que vai reencontrar seu Deus. E nós ficamos aqui a lembrar de tudo. De tantas...

E que legado uma senhorinha de 85 anos pode deixar para o mundo? Que exemplo uma mulher dessas pode oferecer? A luta do sertanejo para prover vida aos filhos. A fé de que a chuva vai chegar na terra seca.

Quando a morte vem, fica a tristeza, o desespero, o choro. Mas, também o legado. Devemos ser fortes diante dificuldades. Devemos permanecer firmes, mesmo quando tudo parece desmoronar. E devemos amar, como o amor de uma vó que alimenta um neto.

Ela se foi… E nós? Nós aprendemos com seu exemplo. Vibramos seu legado. E esperamos o dia em que vamos nos encontrar novamente, nos braços do Pai.

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