terça-feira, 4 de setembro de 2018

Chegadas e Partidas (primeiro texto)

Iguatemi Fortaleza (1997), quando eu nem pensava em chegar ou partir. (Foto: acervo pessoal).

Você já parou para pensar em quantas pessoas já foram embora da sua vida? Algumas morreram, outras se mudaram e você nunca mais as viu. Lembro que nos tempos de adolescência, amigos tão próximos se foram. E onde eles estão?

Quem são os nossos novos amigos? Eles vão durar por muito tempo? Eu, que procuro não me apegar às pessoas me peguei triste ao saber que algumas tão especiais para mim vão embora.

Vão estudar fora, alcançar sonhos, vão ter oportunidades que elas não têm no Brasil. Eu me peguei com o coração apertado quando comecei a pensar em uma música para homenagear alguns desses amigos.

Alguns são de longa data, outros de semanas. Mas, de alguma forma, essas pessoas me marcaram. Existem espaços de chegadas e partidas. Um aeroporto, uma rodoviária, um coração.

Meu coração hoje já não recebe tantos pousos, mas sinaliza partidas que certamente ficarão na memória durante um tempo que eu ainda não sei dizer. Será que um dia vou rever essas pessoas? E se eu morrer? E se elas não quiserem mais voltar para o Brasil?

Pessoas vem, pessoas vão. E o coração vai ficando mais estreito. As lágrimas caem enquanto escrevo esse texto e ouço os versos de Keane:

“And if you have a minute, why don't we go?
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything?
So why don't we go?
Somewhere only we know?”


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