Falar de alguém que se foi não é fácil.
Principalmente quando você a via todos os dias. E até mesmo em momentos de dor
e tristeza, o qual tantos amigos de André Salgado vivem nesses dias, podemos
aprender competências humanas.
Lidar com a morte de alguém não é nada
fácil, e se a pessoa é querida por todos, se torna pior ainda. Minha mãe abriu
o jornal hoje e leu a notícia da morte do André. Ela não o conhecia, mas
chorou.
Hoje, ao chegar à redação, senti o peso do
luto. Os rostos tristes, a alma abatida. E apesar do fotógrafo ser alguém tão
feliz, essa mesma felicidade não estava do nosso lado.
No ano passado (2012), mais exatamente no
dia em que o mundo deveria acabar, segundo a profecia Maia, entrevistei algumas
pessoas do jornal. Uma delas foi André Salgado. De modo engraçado, ele diz que
viveu intensamente.
Pra mim, parece mais uma vida interrompida,
alguém que não era pra ter ido embora ainda. Mas Deus sabe o motivo desse adeus
tão inesperado.
E se o mundo acabar hoje? Será que você
viveu intensamente? E os seus sonhos? E os sonhos de Deus pra você?
Se eu aprendi algo com a partida de André,
é que a vida pode acabar em qualquer momento. Deixar pra pedir perdão mais na
frente pode ser uma perda de tempo. Deixar pra dizer “Eu te amo” mais na
frente, pode nunca acontecer.
A vida acontece hoje, fazer valer a pena o
motivo de estamos aqui é preciso. Agir enquanto é tempo, porque você nunca vai
começar uma revolução debaixo de uma sombra. Sair da zona de conforto e lutar,
amar, perdoar, abrir o coração.
Ele se foi, mas deixou um recado: “Seize
the day”
Karlos
Aires
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